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Síndrome Sjogren

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A Síndrome de Sjögren é uma doença reumática caracterizada pela inflamação de glândulas e manifestações no sistema musculoesquelético. Essa doença pode afetar indivíduos de todas as idades, sendo mais frequente em mulheres jovens entre 35 e 45 anos. No Brasil, não se sabe o número exato de portadores de Síndrome de Sjögren.

De acordo com Cláudia Neiva, reumatologista do Hospital Mater Dei, esta síndrome se trata de uma doença crônica autoimune, sem causa específica, que necessita de tratamento e controle por muitos anos. “Fatores genéticos e ambientais são relacionados ao processo autoimune da Síndrome de Sjögren, que pode estar associada a várias outras doenças reumáticas como lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, esclerose sistêmica, polimiosite e dermatomiosite, sendo chamada Síndrome de Sjögren secundária ou, isoladamente, chamada de Síndrome de Sjögren primária”, explica. 

O acometimento das glândulas salivares e lacrimais é mais comum em casos dessa síndrome, o que torna mais frequentes os sintomas de secura em olhos e boca, sensação de corpo estranho nos olhos, com coceira e vermelhidão e até dificuldade de engolir os alimentos. Outros sintomas são nariz seco, formação de crostas e sangramento, tosse seca, pele seca com coceira, secura vaginal, irritação e dor. “Há prejuízos no sabor e no olfato, com aparecimento de cáries dentárias, dificuldade para engolir, déficit nutricional, olhos doloridos, fadiga, lesões em articulações manifestadas por dor e inflamação articular, acometimento de vasos sanguíneos, pele, pulmão, rim, fígado, pâncreas e sistema nervoso”, acrescenta Cláudia. 

O diagnóstico da doença se dá através de exames de sangue como hemograma, FAN, fator reumatoide, eletroforese de proteínas, PCR, anticorpos mais comuns como anti-RO e anti-LA, exames oftalmológicos com testes de avaliação da lágrima e exames para avaliar a função das glândulas salivares, podendo ser solicitada biópsia. 

Tratamento

O tratamento inicia-se com a orientação adequada de médico especialista a cada paciente. “Os medicamentos incluem lubrificantes, substitutos de lágrima, estimuladores de secreção salivar, anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores em determinados casos”, explica a reumatologista. 

Segundo a médica, “os sintomas da doença podem avançar, regredir ou estabilizar”. No acompanhamento, o profissional deve estar atento ao possível desenvolvimento de linfoma (câncer no sistema linfático), que acontece com mais frequência nos portadores de Síndrome de Sjögren. Quando o diagnóstico é precoce, o tratamento pode mudar o curso da doença, dando qualidade de vida ao paciente. 

RESPONSÁVEL:
Cláudia Neiva
Reumatologista 
CRM-MG: 31804

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