Rede Mater Dei de Saúde em parceria entre EMS e SOGIMI promove ação no Dia Mundial da Osteoporose

Iniciativa contou também com apoio da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG)

Em iniciativa conjunta para o Dia Mundial da Osteoporose, comemorado no dia 20 de outubro, a Farmacêutica EMS, Rede Mater Dei de Saúde e Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (SOGIMIG) se uniram para lançar o primeiro manifesto da doença com ação em Belo Horizonte. A campanha mundial é liderada pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), e tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce dessa doença silenciosa que afeta milhões de pessoas.
A ação, que também contou com o apoio da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG), aconteceu na Alameda Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, e durante o evento, estudantes de medicina da Faculdade distribuíram panfletos informativos e biscoitos de polvilho, que simbolizam a fragilidade óssea característica da doença. Faixas de impacto com frases educativas como “Freie a osteoporose e acelere a prevenção” também foram utilizadas para chamar a atenção dos transeuntes e motoristas.
“É importante que a sociedade entenda que osteoporose na população brasileira é mais frequente que infarto, AVC e pode matar mais que o câncer de mama. Assim, nos reunimos em várias entidades e frentes para fazer esse primeiro Manifesto em MG, em prol dessa conscientização. A ideia é mostrar para a população que uma dieta balanceada de cálcio, assim como diagnósticos mais aprofundados podem salvar muitas vidas”, aponta o organizador do Manifesto, Rômulo Lopes, Gerente Regional de Estratégias da farmacêutica EMS.
Um problema de saúde pública global
A osteoporose é uma condição crônica que se caracteriza pela redução da densidade mineral óssea, o que aumenta o risco de fraturas. Considerada um problema de saúde pública global, a doença afeta cerca de 15 milhões de brasileiros e mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com dados compilados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A condição é responsável por aproximadamente 400 mil fraturas por fragilidade a cada ano no Brasil, conforme relatório da IOF, que também alerta que, sem ações imediatas, o número de fraturas deve crescer 60% até 2030, impulsionado pelo envelhecimento da população. Além disso, a doença está associada a cerca de 200 mil óbitos anuais no país, segundo o Ministério da Saúde. Estudos indicam que, após uma fratura de quadril, até 24% dos pacientes podem falecer no primeiro ano, e 33% tornam-se dependentes de terceiros para realizar atividades diárias.
Mulheres são mais afetadas
A prevalência da osteoporose é notadamente maior no sexo feminino. Estima-se que, no Brasil, a condição afete 33% das mulheres com mais de 40 anos, segundo um levantamento da IOF. Outro dado alarmante, divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, indica que aproximadamente 50% das mulheres com 50 anos ou mais sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida, em comparação com 20% dos homens na mesma faixa etária.
A principal razão para essa diferença está na queda abrupta do estrogênio durante a menopausa. Este hormônio feminino desempenha um papel fundamental na proteção e fixação do cálcio nos ossos. Segundo o presidente da SOGIMIG, Eduardo Cândido, essa diminuição acelera a perda de massa óssea, tornando os ossos mais porosos e suscetíveis a fraturas.
“Quando esse equilíbrio se rompe, a perda de densidade mineral óssea se acelera, aumentando o risco de osteoporose. Por isso, esse é um momento que exige atenção redobrada e acompanhamento médico contínuo. Durante a consulta, é possível avaliar o risco individual, solicitar exames como a densitometria óssea e orientar medidas preventivas que vão desde o uso de terapia hormonal, quando indicada, até mudanças no estilo de vida.”
O médico ainda destaca que a prevenção deve começar ainda antes da menopausa, com hábitos simples e eficazes: “Praticar atividade física regularmente, manter uma alimentação rica em cálcio e proteínas, expor-se ao sol de forma segura e evitar tabagismo e álcool são atitudes que fazem diferença. Com acompanhamento adequado, é possível retardar a perda óssea e garantir um envelhecimento com mais autonomia e qualidade de vida”.
Prevenção e Diagnóstico
A osteoporose é uma doença silenciosa, que geralmente não apresenta sintomas até a ocorrência de uma fratura. Por isso, o diagnóstico precoce é crucial e pode ser feito por meio da densitometria óssea, um exame rápido e indolor que mede a densidade mineral dos ossos.
A prevenção deve começar na infância, com a construção de uma reserva óssea sólida. Uma dieta rica em cálcio é fundamental, com recomendação de 1.000 a 1.200 mg por dia para um adulto saudável. Segundo o estudo BRAZOS, nove em cada dez mulheres no Brasil consomem uma quantidade de cálcio inferior à recomendada.
A prática de atividade física também exerce um papel crucial na prevenção. Exercícios como musculação e pilates são altamente recomendados, assim como atividades que treinam o equilíbrio, como dança e yoga, pois ajudam a prevenir quedas.
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